sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quanto vale uma Sentença ? : Magistrados alagoanos sob Suspeita


Depois de investigações envolvendo membros do legislativo e do executivo alagoano, chogou a vez do judiciário. O TJ/AL abriu inquérito administrativo com o objetivo de apurar denúncia formulada contra três desembargadores e dois juízes acusados de venda de sentenças. A denúncia foi feita, inicialmente à Polícia Federal,  que a encaminhou ao GECOC, que por sua vez mandou a batata quente para as mãos da Presidente do TJ/AL, Desª Elizabete Carvalho.

Os autores da representação são Denise Batista da Silva e Cláudio Wlademir da Silva, mãe e irmão do ex-Delegado Wladney José da Silva, afastado do cargo em 2001. Wladney teria ameaçado, por carta, o Desembargador responsável pelo voto que lhe rendeu o afastamento, escrevendo que "ele mexeu com um homem" e que estaria "disposto a resolver de todo jeito esse negócio", já que "não teria no mundo quem o segurasse", o que lhe rendeu, este mês, um decreto de prisão preventiva ordenado pelo juiz substituto da 4ª Vara Criminal. Não encontrado em casa, ele foi considerado foragido, mas se apresentou pouco depois e continua preso.

Dos magistrados a que a representação faz referência, um dos juízes e um Desembargador já são notícia velha nos jornais alagoanos (o CNJ, inclusive, ordenou que o tal Desembargador devolvesse mais de R$ 300 milhões que lhe teriam sido pagos indevidamente, mas a decisão foi suspensa por decisão da Ministra Ellen Gracie, do STF). O nome do segundo Desembargador, já aposentado, a quem o Delegado teria ameaçado, promete ser uma bomba, visto que este sempre se postou publicamente contra atos de corrupção.

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