terça-feira, 27 de outubro de 2009

Barraco no TJ/MA


Cabelinho de um, cabelinho de outro, quem não puxar primeiro é gafanhoto...

O Jornal Nacional noticiou, ontem, uma acirrada discussão entre dois desembargadores do TJ/MA, ocorrida na semana passada, quando o colegiado julgava uma ação contra o juiz da comarca de Barreirinhas, Fernando Barbosa, acusado de grilagem de terras (atenção, MST, outro laranjal para vocês...).

O Desembargador Corregedor Bayma Araújo sustentou, perante a Corte, que os desvios de conduta do magistrado eram conhecidos de todos. O Desembargador Jorge Rachid, tio do juiz, saiu em defesa do sobrinho (se ele é tio, o que é que ele estava fazendo ali, alguém me responda), e aí o clima esquentou:

Rachid - Você é um mentiroso, você é meu inimigo pessoal, deveria se dar por suspeito.

Bayma - Você, excelência, é sócio dele. É sócio dele, é sócio dele. Tem terrenos em Barreirinhas.

A sessão foi interrompida. A maldita turma do "deixa disso" ainda tentou intervir, mas barraco que é barraco prossegue:

Bayma - Você vive de esquema. Moleque. Tu passaste neste Tribunal e fez uma rapinagem aqui.

Rachid - Você é mentiroso.

Bayma - Mentiroso é tu cachorro, safado.

Posteriormente, Bayma se explicou à imprensa, dizendo "Eu fui provocado, chamado de mentiroso, agressivo. Então, eu também o agredi no mesmo tom". Já o Desembargador Rachid não quis se manifestar.

A discussão entre os Desembargadores provocou reações da OAB, que entrou com representação junto ao CNJ; e da Associação dos Magistrados, que prometeu investigar a conduta dos dois Desembargadores:

“A troca de insultos neste nível denigre a imagem do Poder Judiciário e é obrigação nossa apurar os fatos, até porque isto corresponde a quebra do dever funcional previsto no artigo 35 da lei orgânica da magistratura", afirmou Gervásio Protásio, presidente da Associação dos Magistrados.

A assessoria do TJ/AL emitiu nota, declarando que a discussão acalorada é natural no ambiente democrático, mas repudiou o excesso de linguagem e disse tomará medidas para restabelecer a cortesia que deve ser observada na corte.

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