domingo, 1 de novembro de 2009

Richard Bach



(...)

- Está tudo bem, é ? - disse a pessoa, ao telefone. - Não existe o mal na terra, nem pecado em volta de nós ? Isso não o incomoda, não é ?

- Nada disso deve nos incomodar, senhora. Vemos apenas um pinguinho do conjunto que é a vida, e esse pinguinho é falso. Tudo se equilibra e ninguém sofre e morre sem o seu próprio consentimento. Ninguém faz o que não quer fazer. Não existe o bem nem o mal, além do que nos torna felizes e do que nos torna infelizes.

(...)

- Sabe, moço, acho que você é um impostor. - disse um outro ao telefone.

- Claro que sou um impostor! Somos todos impostores neste mundo, todos fingimos ser alguma coisa que não somos. Não somos corpos andando por aí, não somos átomos nem moléculas, somos idéias imortais e indestrutíveis do Ser, por mais que acreditemos em outras coisas...

(...)

BACH, Richard. Ilusões: As Aventuras de um Messias Indeciso. 21ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 136-139.

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