domingo, 28 de junho de 2009

Denis Diderot



"É sobretudo quando tudo é falso que se ama o verdadeiro, é sobretudo quando tudo está corrompido que o espetáculo é mais depurado. O cidadão que se apresenta à entrada da Comédie deixa ali todos os seus vícios, para só retomá-los na saída. Lá dentro ele é justo, imparcial, bom pai, bom amigo, amigo da virtude; vi com freqüência a meu lado homens maus profundamente indignados contra ações que não teriam deixado de cometer se se tivessem encontrado nas mesmas circunstâncias em que o poeta havia colocado o personagem que aborrecia." (em Paradoxo sobre o Comediante. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal (54). Trad. Antônio Geraldo da Silva. São Paulo: Escala, 2006, p. 61-62)

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